Outubro Rosa

Na década de 1990, nasceu o movimento conhecido como Outubro Rosa, pela Fundação Susan G. Komen for the Cure,  para estimular a participação da população no controle do câncer de mama. No Brasil, a comemoração foi instituída pela Lei nº 13.733/2018.

O Instituto Nacional do Câncer – INCA participa do movimento desde 2010, promovendo eventos técnicos, debates e apresentações sobre o tema, assim como produz materiais e outros recursos educativos para disseminar informações sobre fatores protetores e detecção precoce do câncer de mama.

A data é celebrada anualmente, com o objetivo de compartilhar informações sobre o câncer de mama, promover a conscientização sobre a doença, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, contribuir para a redução da mortalidade e prevenção.

História

O movimento teve início no ano de 1990 em um evento chamado “Corrida pela cura” organizado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, que aconteceu em Nova Iorque nos Estados Unidos, para arrecadar fundos para a pesquisa contra o câncer de mama.

Nancy G. Brinker, uma sobrevivente do câncer de mama, fundou a organização em 1982, com a promessa que fez a sua irmã, Susan G. Komen, que morreu de câncer de mama aos 36 anos.

Susan G. Komen é talvez mais conhecida por seu evento de assinatura, Komen Race for the Cure®, o evento de arrecadação de fundos e educação para o câncer de mama de maior sucesso já criado. Brinker criou a série de corridas como uma forma de educar o público sobre o câncer de mama e, ao mesmo tempo, levantar fundos para descobrir e entregar as curas.

A primeira corrida ocorreu em 1983 em Dallas com 800 participantes, muitos dos quais usavam rosa para simbolizar o movimento do câncer de mama pela primeira vez. Hoje, mais de 1 milhão de pessoas participam anualmente de mais de 100 eventos de corrida, arrecadando fundos para ajudar a atender às necessidades locais de saúde da mama e educando suas comunidades sobre a saúde da mama e o câncer de mama.

Devido aos esforços da organização para estabelecer a importância da detecção precoce na descoberta e tratamento do câncer de mama, quase 75% das mulheres com mais de 40 anos agora recebem mamografias de rastreamento regulares, em comparação com apenas 30% em 1982.

O evento ocorria sem que houvessem instituições públicas ou privadas envolvidas. A medida em que cresceu, Outubro foi instituído como o mês de conscientização nacional nos Estados Unidos, até se espalhar para o resto do mundo.

Sobre o câncer de mama

O câncer é um grande grupo de doenças que podem começar em quase qualquer órgão ou tecido do corpo quando as células anormais crescem de forma incontrolável, vão além de seus limites habituais para invadir partes adjacentes do corpo e / ou se espalhar para outros órgãos. O último processo é chamado de metástase e é uma das principais causas de morte por câncer. Neoplasia e tumor maligno são outros nomes comuns para câncer.

O câncer de mama é um tumor maligno que ataca o tecido mamário e é um dos tipos mais comuns, segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA. Ele se desenvolve quando ocorre uma alteração de apenas alguns trechos das moléculas de DNA, causando uma multiplicação das células anormais que geram o cisto.

É causado pela multiplicação desordenada das células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor. Existem vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. Esses comportamentos distintos se devem às características próprias de cada tumor.

Estatísticas no Brasil e Mundo

A incidência, a morbidade hospitalar e a mortalidade são medidas de controle para a vigilância epidemiológica que permitem analisar a ocorrência, a distribuição e a evolução das doenças.

Conhecer informações sobre o perfil dos diferentes tipos de câncer e caracterizar possíveis mudanças de cenário ao longo do tempo são elementos norteadores para ações de Vigilância do Câncer – componente estratégico para o planejamento eficiente e efetivo dos programas de prevenção e controle de câncer no Brasil.

A base para a construção desses indicadores são os números provenientes, principalmente, dos Registros de Câncer e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/MS).

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 66.280 novos casos de câncer de mama, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano de 2018, o câncer foi a segunda principal causa de morte em todo o mundo, sendo responsável por cerca de 9,6 milhões de mortes, ou uma em cada seis mortes.

Projeções da OMS apontam que mais de 14 milhões de pessoas vão desenvolver câncer todos os anos, e esse número deve subir para mais de 21 milhões de pessoas em 2030.

O câncer de mama é o mais comum entre mulheres no Brasil e no mundo. Por aqui, responde por 28% dos casos novos a cada ano. Os dados de câncer foram extraídos da OMS e do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Abrace essa causa.

Prevenção

Segundo o INCA e OMS cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como:

• Praticar exercícios físicos com regularidade;
• Alimentar-se de forma saudável;
• Manter o peso corporal adequado;
• Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e tabaco;
• Amamentar;
• Evitar uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal.

Estudos epidemiológicos fornecem inúmeras evidências de que a prática de diferentes tipos de exercícios promovem reduções consideráveis nas taxas de mortalidade dos indivíduos.

Muitos desses estudos concluíram que o sedentarismo se apresenta como fator determinante da possibilidade de surgimento de alguns tipos de câncer.

O exercício físico como prevenção!

O exercício físico quando praticado de forma regular, sistemática, adequada e com objetivos da melhora da aptidão física promove um desequilíbrio da homeostase, fazendo com que o organismo gere respostas fisiológicas e bioquímicas positivas na tentativa de restabelecer o equilíbrio.

Quando as atividades ganham valor crônico, são produzidos efeitos na prevenção e promoção a saúde, como forma de tratamento não-farmacológico, principalmente para o sistema imunológico.

Diagnóstico Precoce do Câncer

O diagnóstico precoce possibilita que as chances de cura sejam muito maiores para a paciente, chegando a 95%. Infelizmente, quanto mais avançado for o estágio do câncer de mama no momento em que a doença é detectada, ou seja, quanto mais tarde a doença for diagnosticada e tratada, essa chance de cura vai ficando menor.

Por isso, é preciso que as mulheres conheçam seu corpo e suas mamas, estejam atentas a qualquer alteração que possa indicar uma anormalidade e procurem um médico imediatamente caso identifiquem alguma suspeita Além disso, deve-se realizar os exames de mamografia periodicamente. O INCA afirma que a mortalidade da doença diminui em cerca de 20% nas mulheres entre 50 e 69 anos que realizam o exame a cada dois anos.